Escolhidas

Cormia foi a primeira Escolhida que destinaram para ser a primeira companheira de Phurry, pois na época ele exercia o papel de Primaz de sua raça; contudo ela fora amarrada e estava completamente apavorada com a situação, porém, nada aconteceu uma vez que Phurry não aceitou aquelas condições. Assim, ela foi para a Mansão da Irmandade e lá passaram mais tempos juntos, ela conheceu um pouco dos costumes daquele outro lado e ajudou Phury a se livrar das drogas e também de seu antigo amor. Cormia tornou-se a única companheira de Phury, pois eles acabaram se apaixonando nesse trajeto. Ela tornou-se sua shellan e passou a ajudá-lo a cuidar das outras Escolhidas, uma vez que elas saíram do Outro Lado e foram morar juntas na casa do Primaz.

Aileen, assim como a maioria das Escolhidas, descende de uma família de Glymera.
Seus pais sempre sonharam em ter uma filha que fosse uma Escolhida, achavam que isso seria uma honra e uma dádiva, gestar uma filha que fosse servir exclusivamente a Virgem Escriba e também aos guerreiros da irmandade, seriam o futuro da raça. Assim, quando eles tiveram seu primeiro, ficaram ansiosos com a possibilidade de vir uma menina. E foi justamente o que aconteceu.
Porém, não fora Aileen que nascera, e sim Dabria, sua irmã mais velha. Mas Dabria tinha um gênio muito forte e recusava-se a tornar-se uma Escolhida, ela não queria que sua vida fosse escolhida e pré-determinada por outras pessoas, assim, logo após sua transição, fugiu.
O casal ficou inconformado com isso, acharam aquilo um grande desrespeito, e por isso, décadas depois, quando tiveram outra filha, trataram de mandá-la diretamente para o Outro Lado após sua transição. E desde os seus vinte e cinco anos, Aileen tem vivido para ser uma Escolhida e nada mais.

Sky é fruto de um romance totalmente proibido.
Sua mãe era apenas uma Civil, levava uma vida mediana, sem luxos, sem grandes confortos. Até que um dia conheceu um lindo vampiro da Glymera, ficou deslumbrada por seu charme assim que seus olhos pousaram nele. O modo como ele se vestia tão impecavelmente, sua agilidade, seus movimentos sempre tão fluidos, a maneira como falava baixo, tão educado e cavalheiro. Ela se apaixonou por ele.
E, bem, ele também acabara se apaixonando por ela, mas havia um pequeno (gigantesco, na verdade) problema em toda essa linda história de amor a primeira visto. O homem já era emparelhado com outra mulher. O casamento, é claro, fora algo arranjado e ele não amava a mulher com quem tinha que dividir a cama todas as noites/manhãs.
Assim, quando descobriu o que realmente era amor, ele não pensou duas vezes em se negar aquilo. Mas a mulher ficou grávida e ele não podia assumir a criança, assim, resolveram que o melhor para a menina seria tornar-se uma Escolhida. Teria uma ótima vida e não seria necessário escutar os julgamentos que seriam feitos em relação a sua mãe, e é claro, não precisaria saber que seu pai já era casado com outra mulher.

Aimee vem de uma família onde todas as suas descendentes também foram Escolhidas. É como se diz... Negócio de família.
Ela não tem noção de onde essa "grande" ideia surgiu, o porque de condenar todo o futuro e a vida de uma pessoa só porque ela nascera com um determinado sexo e isso as vezes a irritava profundamente. Ela gostaria de ao menos uma vez poder ter tido uma escolha em que ela tomasse, gostaria de ao menos uma vez estar no controle de sua vida. Mas isso, é claro, eram apenas desejos que nunca viriam a ser realizados.
Sabendo disso, a única coisa que lhe restava era se conformar com o que a vida havia lhe destinado e servir a raça. Assim, quando deu-se conta de que aquela seria a sua vida até o seu último suspiro, parou de criar falsas ilusões e pensar que um dia tudo aquilo mudaria. Que teria o livre arbítrio e quem sabe até mesmo se emparelhasse com algum macho de boa família.

Não houve um único dia da vida de Layla que ela não tenha sido Escolhida. Nunca soube fazer nada além disso e dedicou toda a sua vida para aprender os costumes, habilidades e sabedoria que uma Escolhida deveria ter.
Com a mudança das leis antigas, foi possível que elas tivessem escolha, assim, quando a Virgem Escriba concedeu o livre arbítrio para as suas Escolhidas, Layla foi uma daquelas que escolheram sair do Outro Lado e ir viver na casa do Primaz. Contudo, ela estava apaixonada por Quinn, um jovem que recém havia passado por sua transformação. Iludiu-se e achou que iriam se emparelhar, contudo, o coração de Quinn já pertencia a outra pessoa.
Mas isso não impediu que em seu período de necessidade, ela se deitasse com Quinn e assim tivessem uma linda menininha que como o pai, tinha os olhos díspares. Porém, a vida é cheia de surpresas e no meio de tudo isso, Layla acabou conhecendo Xcor, um inimigo do Rei por quem ficou perdidamente apaixonada.

A existência de seres como Destiny é algo extremamente raro.
Ela é, assim como a Rainha Elizabeth, uma meio sangue.
Os machos evitavam se envolver sexualmente com as mulheres quando elas estavam em seu período fértil a fim de evitar que coisas assim acontecessem, mas sabe-se lá porque, ele acabou se envolvendo com essa mulher e assim Destiny nasceu.
Contudo, o homem nunca mais viu a mulher e ela se viu obrigada a ter e a criar a sua filha sozinha, porém, acabou morrendo quando a menina tinha apenas dez anos, ela foi mandada para um orfanato, nenhuma família quis adotá-la. Ela já estava grandinha demais e todos sempre visavam os bebês, as crianças que eram mais novas, assim, ela apenas foi ficando de lado.
Isso não a impediu de ir para a faculdade e formar-se em Direito. Queria poder ajudar a todas as mulheres que fossem até ela, mulheres que eram mães e foram abandonadas pelo seu parceiro com uma criança, assim como Destiny havia sido.
Sem saber a sua verdadeira origem - ao menos em relação ao seu pai - ela jamais imaginara o que estava acontecendo consigo por volta de seus vinte e poucos anos. Sair de dia para ela era mais complicada, cansava-se rapidamente.
Uma noite resolveu sair para comemorar um causa ganha, porém, no meio do caminho acabou caindo num beco, agonizando em dor. Um civil a achou e contatou a Irmandade, eles acharam que seria melhor mandá-la para o Outro Lado, uma vez que após pesquisarem sobre ela, descobriram que ela era sozinha.

Adhara é uma das poucas, senão a única Escolhida que achou uma gigantesca afronta para as antigas leis, os antigos costumes e principalmente para a Virgem Escriba quando lhes foi dada a opção de ir ou ficar no Outro Lado.
Ela era uma das Escolhidas mais velhas no Outro Lado e havia dedicado toda a sua vida a aquele trabalho, mesmo antes da transição a sua educação tinha sido em prol disso. De tornar-se uma Escolhida, de servir a sua raça, de dar força para os Guerreiros, para que eles pudessem lhes proteger.
Assim, quando o Rei Wrath passou a modificar as antigas leis, permitiu que o Primaz se emparelhasse com uma Escolhida e lhes "deu" a chance de ter outra vida, ela negou-se. Vinha de uma linhagem muito antiga e tradicional para aceitar aquilo.
Vive mais do Outro Lado no que plano térreo e acredita que as outras Escolhidas traíram a Virgem quando aceitaram ir para a Mansão do Primaz. O que ela não sabe é que, caso se apaixonasse, iria agradecer ao mundo por estar "livre".