I just want to know you better now

A noite se aproximava cada vez mais e logo chagaria a hora de ir trabalhar e ver se conseguia algo ao menos relativamente decente para si. Sabia que isso era difícil devido o que fazia em suas horas extras e quando não conseguia nada melhor, mas o que podia fazer? Precisava se manter de alguma forma e precisava também ajudar sua mahmen com as despesas da casa, seria injusto deixar a mulher cuidar de tudo sozinha quando Freya podia muito bem conseguir algum bom dinheiro.

Freya realmente tinha tentado encontrar algo melhor para si, algo que não precisasse se humilhar tanto e sentir-se tão usada, tentara por algo melhor, mas não tinha conseguido, sem falar no quanto ela recebia. Vez ou outra conseguia fazer outra coisa, cobrir alguém em algum lugar, uma garçonete, uma secretária, mas nada demais, nada permanente. A Virgem Escriba era testemunha disso.

Assim, fez a única coisa que sobrou, já que não era opção morrer de fome e nem mendigar nada para ninguém. A mulher passara então a frequentar os melhores lugares de Caldwell, os lugares em que sabia em que estaria abarrotado de homens com suas carteiras cheias de dinheiro, pronto para gastar tudo o que tinham em uma única noite. E ela sabia com agradá-los.

Era uma Civil, afinal de contas, não tinha condições de exigir mais da vida. Nascera assim e o que lhe restava era lutar para não morrer nessas condições.

As cortinas de sua casa já haviam sido levantadas, não conseguia ver a Lua e nenhuma estrela brilhava no céu; provavelmente iria chover mais tarde e por isso resolveu ir se arrumar de uma vez por todas antes que tomasse um banho durante o seu trajeto.

Pegou um táxi e foi para o ZeroSum, o lugar havia sido reconstruído em poucos meses. O que o dinheiro não era capaz de fazer. O lugar havia ido ao chão e em pouco tempo estava ali, como se nada nunca tivesse ocorrido. A morena pagou pela viagem e agradeceu mentalmente pelo trajeto de onde morava até o bar ser curto.

Esperou pela sua vez de entrar e logo se sentiu mais a vontade. Lá fora, na rua, o vento era forte e Freya teve que ficar arrumando o seu cabelo a cada minuto e isso a irritava profundamente, sem mencionar o frio que estava fazendo. Ela não podia usar muitas roupas e tampar o seu corpo. Deu uma boa olhada na seção que era um pouco mais reservada e restrita. Era ali em que ficavam os seus alvos, era ali onde ficava suas melhores chances de levar mais dinheiro para casa.

Freya não sentia um grande orgulho do que tinha que fazer para viver, mas ao menos não se envergonhada de todo. Não estava roubando e nem matando. Todos ali eram maiores de idade e bem conscientes do que estavam fazendo. Mas agora, tudo o que tinha que fazer era esperar.

Sua postura mudou quase imediatamente naquele local. Ali dentro ela não seria apenas Freya, uma vampira, ah não, ali ela era uma mulher que precisava trabalhar e dar um jeito de conseguir o dinheiro para o seu sustento. Não se preocupava com o fato de no ZeroSum ter outras garotas assim como, garotas que estavam dispostas a fazer tudo para ter o melhor ao menos durante uma noite.

Dava pequenos sorrisos para os machos que a olhavam, obviamente a cobiçando. Agradá-los era um dos passos para conseguir chegar até eles e ter um bom resultado no fim de sua noite. Ainda de pé, olhava atentamente para os machos que estavam ali, estudava-os a fim de saber qual seria o mais proveitoso, o mais útil e qual iria lhe render mais, aproveitava também para que eles pudessem lhe dar uma bela olhada. Nunca se cansava de se sentir desejada.

Sua atenção foi desviada quando um homem, só depois ela se deu conta de que se tratava do barman, a abordou. - Sim? – O homem lhe entregou uma bebida e disse que era um presente de um cliente, Freya sorriu e agradeceu. Você poderia me dizer quem enviou isso? – Tentou soar o mais doce e persuasiva possível, o barman lhe apontou um homem loiro que estava a poucos metros de distância e após fazer o seu serviço, saiu.

A morena deu um pequeno gole e sorriu. Martini. Ergueu o seu drinque em direção ao desconhecido como se estivesse brindando a ele. Percorreu os olhos rapidamente pelo local e então olhou para o loiro mais atentamente. Bem vestido, bebia algo que não era nada barato, estava lhe pagando um drinque e tinha aquele ar de pura sensualidade. Ele era com certeza o tipo de macho que exalava sexo e Freya com certeza queria descobrir se estava certa.

Resolveu então que não era hora de se fazer de donzela tímida e indefesa, era óbvio que ele sabia o que ela era, até porque ela não fazia muita questão de esconder isso e caminhou até ele. Estudava o seu rosto mais atentamente a cada passo dado, o modo como os seus olhos eram perspicazes, a maneira como a olhava e isso parecia incendiar Freya, o jeito que parecia estampar sempre um pequeno sorriso como se apenas ele soubesse qual é a piada.

- Acompanhado? – Perguntou e então olhou para o lugar que estava vago ao lado do homem. - Se estiver, devo dizer que ela é um tola por ter deixado uma companhia tão... Interessante sozinha. – Sentou-se ao lado do loiro, tendo todo o cuidado de ficar de frente para ele e com suas pernas cruzadas, fazendo com que assim o seu vestido se elevasse um pouco mais revelando suas pernas.